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Universidade Federal de Alagoas - UFAL
 

12/06/2009
Ping-Pong
O grande “boom” do brega universitário em Maceió

Em apenas 3 meses, o grupo Los Borrachos Enamorados ganha as graças de adolescentes e da coroada alagoana com clássicos do brega nacional

Por Janine Ribeiro

Grandes paixões, decepções maiores ainda, declarações e juras de amor eterno, a grande sacada do estilo brega é ser exageradamente apaixonado, não ter medo de demonstrar os sentimentos à mulher amada. Fazer da entrega um momento único e sublime, mesmo que a musa não mereça tanta dedicação. No circuito alagoano, a maioria das bandas, para não dizer todas, começa fazendo cover de artistas já consagrados a fim de conquistar o carinho do público. Mas o que aconteceu com o grupo Los Borrachos Enamorados pode ser considerado um fenômeno.

Em apenas três meses os Los Borrachos deixaram enamorados os frequentadores de bares nas noites de Maceió. André Nascimento, Rodrigo Marinho, Demmer Italiano, Bruno Ribeiro e Tedam Cavalcante, (re)apresentam nos palcos além de grandes mestre do brega como Adelino Nascimento, Alípio Martins, Waldick Soriano, Reginaldo Rossi, Sidney Magal e Beto Barbosa uma performance cômica e apaixonante.

O líder da banda, André Nascimento, fala com exclusividade à AUN sobre a trajetória e o sucesso que Los Borrachos Enamorados vem fazendo entre o público jovem e adulto alagoano, com seu repertório de clássicos da MPB considerados bregas

AUN – Vocês já disseram em algumas entrevistas que essa história de cantar brega começou de brincadeira entre os intervalos da Mr. Freeze. Quando foi que a coisa ficou séria?

André Nascimento – Bom, como você disse, começou de brincadeira mesmo, ajudou bastante a gente ter cruzado com o Beto Britto, nosso produtor. Ele ajudou a dar corpo ao que fazemos hoje. Fora isso, a ausência mesmo de uma banda brega universitária por aqui.

AUN – Vocês falam muito nesses termos, brega universitário, qual a diferença?

André – Sabe o Falamansa? É forró universitário, tipo uma via de mão dupla, a gente toca as músicas muito mais pra galera jovem do que pra os mais velhos. Hoje por exemplo (fala se referindo a última apresentação), a minha mãe tava aqui curtindo o som da gente. Esperávamos mesmo o retorno vindo do público jovem, mas está tudo indo além de nossas expectativas!

AUN – E como vocês conseguem conciliar o sucesso da banda com a faculdade ou trabalho?

André – Por experiência própria com a Mr. Freeze a primeira coisa é não deixar a coisa subir muito a cabeça da gente. Uma vez subi no ônibus e ouvi um pessoal conversando: “Ei, vamo pro Orákulo sexta-feira, fiquei sabendo que tem uma banda de brega tocando lá, é muito bom!”. Cara isso tudo é o retorno do trabalho da gente, mas não é motivo pra gente ficar se achando. Viver disso é ilusão, cada coisa no seu lugar, faculdade, lazer, trabalho são coisas distintas, não dá pra misturar.

AUN – Vocês foram convidados para abertura do show do Reginaldo Rossi aqui em Maceió. Como foi a experiência?

André – Na verdade a gente encerrou o show. O público dele é praticamente o mesmo da gente. Claro, quando fomos tocar, muita gente foi indo embora, mas o público que ficou foi fiel. Com a Mr. Freeze nunca fizemos shows assim, em âmbito nacional, arriscaria até global, estamos falando de Reginaldo Rossi.

AUN – Quem são os “culpados” por vocês escolherem o estilo?

André – A dona Sueli, minha mãe. Ela passa o dia ouvido Adelino Nascimento, que para mim é o verdadeiro rei do brega, o Reginaldo só tem a fama por que tem grana pra bancar. Desde criança eu e meu irmão, o Tedam, ouvíamos esses caras. Aprendemos por osmose, não teve pra onde fugir

AUN – E qual a música que você mais gosta dele?

André – Sem dúvida “Toca o telefone” que é a do clipe que o Maceió 40 Graus produziu. Fez o maior sucesso no YouTube e toda noite a gente tem de tocar, a galera adora. Estamos tocando praticamente toda noite em vários lugares diferentes. É muito bom ver a casa cheia. Se Deus quiser no mês que vem estaremos com nosso primeiro demo.

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